Manual do Intercambista
Manual do intercambista
Para ter êxito no intercâmbio, porém, não basta detalhar os objetivos e conhecer bem os costumes do país. Se você pensa em fazer uma viagem deste tipo, é fundamental resolver uma série de fatores aqui do Brasil antes de viajar.
Juntar todos os documentos necessários, providenciar moradia, contratar seguro saúde, tomar vacinas e preparar um discurso para a imigração são alguns dos itens que você não pode deixar de lado.
Navegue pelas opções e caso tenha alguma dúvida não hesite em nos perguntar.
Cuide do seu dinheiro
O melhor é sair do Brasil com tudo pronto e com os custos da viagem organizados para evitar que o dinheiro acabe antes da hora. É preciso calcular os gastos e reservar uma quantia mínima em dinheiro exigida pelas leis de cada país para entrar em seu território.
Embora as regras variem de acordo com cada país, a melhor opção para o intercambista é levar na bagagem cartões bancários que permitam saques da conta corrente no exterior. Aí, o viajante tem duas alternativas: ou mantém uma conta num banco nacional que tenha filiais em outros países, onde é possível sacar o dinheiro em Real e trocar pela moeda local, ou ter um cartão internacional, que possibilite o saque direto na moeda local.
Estas são as duas formas mais seguras de armazenar dinheiro fora do país. No caso de um cartão internacional, porém, deve-se ficar atento se há cobrança de taxas excedentes para utilização no exterior.
Atualmente a opção mais utilizada são os cartões Travel Money. São cartões “pré-pagos”; você faz um crédito aqui no Brasil e pode usá-lo no exterior como cartão de débito ou para saques. Acabando o crédito você precisa apenas carregá-lo novamente. Mas isto só poderá ser feito aqui no Brasil, por qualquer pessoa que o intercambista autorizar.
É mais uma maneira de levar o dinheiro com segurança, já que não é permitido sair do país com valores altos.
Quem vai estudar fora por mais de um ano, tem a possibilidade de abrir uma conta no país onde irá residir. Embora cada nação tenha uma regra diferente, em geral, basta apresentar o passaporte e um comprovante de residência para abrir a conta. Porém cada banco tem sua política. É importante observar as condições de cada um e lembrar que, quando retornar ao Brasil, deve-se avaliar com o banco como ficará a questão da conta corrente aberta por lá.
Se você não se planejar direito e o dinheiro acabar, sua família pode providenciar mais, porém, os custos para o envio são altos (com exceção para os cartões Travel Money). É burocrático transportar dinheiro e deve ser evitado, por isso ter a quantia determinada para as despesas é uma forma de evitar imprevistos.
Documentos
O primeiro passo é verificar no consulado do país que se pretende estudar quais documentos são exigidos para dar entrada no visto.
Não há uma lista de documentos que se aplique a todos os consulados.
As exigências variam de país para país, mas o atestado de antecedentes criminais e uma carta convite que informe que o estudante foi aceito numa universidade estrangeira ou a carta de matrícula de uma escola são mais comuns.
Quando o visto e o passaporte estiverem em suas mãos, será necessário providenciar uma apólice do seguro saúde para levar consigo na viagem. Em geral, todos os programas de intercâmbio indicam opções de seguro saúde para o intercambista.
Quem quiser obter descontos em museus, teatros e outras opções culturais pode fazer uma carteira de estudante, com validade internacional, na [bra´ziw]! Essa é uma opção boa para estudantes conhecerem as atrações internacionais sem precisar gastar muito.
Importante: Não é preciso usar outro documento no exterior, o que vale é o passaporte. Portanto, carregue-o consigo para onde quer que vá.
Em caso de perda ou roubo de documentos, não se desespere. A primeira coisa a fazer é dirigir-se à Embaixada do Brasil no país. Eles estão lá para ajudar os brasileiros no exterior.
Vacine-se
Fique atento às exigências, muitos países pedem vacinação obrigatória contra determinadas doenças.
A relação de vacinas deve ser verificada junto ao consulado do país estrangeiro, no Brasil ou conosco.
A imunização mais comum para cidadãos vindo dos países como Brasil, Colômbia, Venezuela, China e Equador é a febre amarela, mas não é regra geral.
A vacina é uma obrigação de quem vai embarcar.
A responsabilidade de se vacinar é da pessoa, ela deverá antecipar a imunização exigida de acordo com sua data da viagem e também pelo tempo que leva para fazer efeito no organismo.
Em geral, recomenda-se tomar a vacina 10 dias antes da data de embarque.
Seguro viagem
O seguro viagem é obrigatório para alguns programas, não para todos, mas essencal para qualquer viagem.
É fundamental ter um seguro viagem para qualquer contra tempo.
É preciso atentar quais tipos de serviços são cobertos como, por exemplo, atendimento hospitalar, odontológico, etc..
Se o aluno possuir um plano de saúde internacional, ele deve verificar se há cobertura no exterior para o país que escolheu estudar.
O estudante precisa averiguar com antecedência se existe flexibilidade no plano, se há extensão territorial ou se o plano é limitado a regiões como América do Sul, América do Norte ou se é mundial.
Os seguros da [bra´ziw]! são garantidos pelas líderes mundiais em seguro de viagem e quase 100 anos de história. A mais completa associação de empresas especializadas em assistência em viagem pelo mundo. As coberturas começam com U$ 50.000 até U$ 2.000.000.
Lembre-se: Seguro viagem não é um plano de saúde. Sua utilização é apenas em caso de urgência e emergência.
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Na imigração
Quando desembarcar no aeroporto do país onde realizará o intercâmbio, é importante ter atenção com o que falará para o agente de imigração (responsável por verificar documentação e passaporte). Se o agente abordar a pessoa, ela deve dizer a verdade e não tentar enganar a imigração. Eles são treinados e sabem quando as informações são duvidosas.
As perguntas são básicas e tem caráter informativo. As questões giram em torno de onde a pessoa ficará hospedada, quais eram as atividades no país de origem e qual objetivo da viagem. O mais importante na hora da abordagem é não mudar o foco da conversa com comentários paralelos. Deve-se ter respostas exatas e objetivas.
Problemas com o idioma são comuns na hora da abordagem, porém toda imigração possui um tradutor para auxiliar os viajantes. Portanto, o estudante não deve se preocupar demais com isso. O tradutor ajudará o estudante a entender as questões que merecem precisão e respostas sem rodeios.
Posso trabalhar no exterior?
Estudar e trabalhar devem ser decididos antes de fechar o programa de intercâmbio.
Se o aluno for estudar idioma, alguns países permitem o trabalho (poucas horas por semana) de acordo com tempo que for estudar.
Se o aluno vai para estudar numa universidade ele não poderá trabalhar, salvo algumas exceções, devido ao visto ser de estudante.
A pessoa precisa ter certeza que vai para fins acadêmicos e que o visto é direcionado para estas atividades com prazo determinado.
Se o estudante tem a intenção de exercer alguma função no país além de estudar, ele pode optar pelos programas de Trainee (estágio remunerado), Work Experience USA, Work Canadá, Canada Careers, Au Pair entre outros.
As leis internacionais são bastante claras. Há oportunidades para trabalhos e estágios no exterior e informações específicas para cada categoria.
No caso de estudar numa universidade, se o estudante se interessar em trabalhar depois que já estiver no exterior, as atividades são facilitadas pela própria instituição de ensino que incentiva o aluno a exercer alguma função dentro do campus da universidade.
Como escolher a moradia
As escolas de idiomas ou instituições de Ensino Superior possuem um departamento especializado para cuidar da acomodação do estudante durante o período de estadia, além da [bra´ziw]! que faz a intermediação.
Há opções como casas de família selecionadas, campus universitário, apartamentos, residências estudantis (repúblicas), hotéis e albergues. É feito uma análise de perfil para identificar a melhor opção para você, mas as casas de famílias são as opções mais freqüentes.
Você conhece os hábitos do país e passa a ser integrado às normas da casa, isso ajuda no aperfeiçoamento do idioma. Optar pelas casas de família é uma das melhores escolhas, pois os estudantes têm um quarto e mantêm sua privacidade.
O aluno que optar pelo campus universitário terá mais contato com jovens de diversas nacionalidades. Em geral, os quartos são simples, possuem escrivaninha e armários para duas pessoas. As refeições são feitas na cafeteria da universidade.
As residências estudantis são opções bem populares entre os jovens. São pequenos prédios ou casas sem muita elaboração, chamam atenção pela liberdade e independência que oferecem. Neste tipo de acomodação você poderá escolher entre quartos e banheiros privativos ou coletivos.
Se você busca algo mais acessível, simples e tem um perfil descontraído, pode escolher o albergue. Os quartos são compartilhados com outros estudantes e os banheiros são coletivos. Geralmente não são oferecidas refeições.
Agora, se você quer se sentir em casa, a melhor escolha é o apartamento estudantil que está de acordo com pessoas flexíveis, independentes e contam com muita privacidade. O aluno poderá ficar num apartamento ou estúdio, sozinho, ou dividir um imóvel que possui vários quartos com outras pessoas. A acomodação geralmente vem mobiliada e com utensílios básicos de cozinha, além de contar com lavanderia, Internet e salão de jogos.
Para quem for permanecer no exterior por um longo tempo, há opção de alugar um imóvel, mas é um processo burocrático e difícil. Cada país tem uma legislação diferente para o procedimento. Na Itália, por exemplo, é necessário ter fiador. Eles exigem pagamento antecipado de pelo menos seis meses, além de documentos de permanência. Com tanta burocracia, melhor escolher outras opções.
As opções de moradia devem ser escolhidas de acordo com o seu perfil. Primeiro é preciso decidir a cidade onde você fará o curso. Depois, deve-se verificar qual tipo de moradia está disponível no local e a partir disso chegar num ponto comum. Essa análise deve ser fechada no ato da matrícula e varia apenas para o programa Au Pair (trabalho remunerado de babá), que exige entrevista prévia e documentação diferenciada.
Posso visitar os países vizinhos?
O trânsito entre países vizinhos enquanto você está no exterior é possível, mas quem pretende viajar para explorá-los precisa ter isso em mente antes de sair do Brasil.
Os países da União Européia, por exemplo, permitem essa possibilidade desde que o estudante esteja com o passaporte em mãos. Não é necessário outro visto. Você terá sua permissão de entrada carimbada no passaporte que conterá o período máximo de permanência no outro. Hoje, a permissão é de até três meses. O aluno estará na condição de turista e não poderá estudar e trabalhar.
A mesma regra vale para países do Mercosul (Mercado Comum do Sul-americano).
Se você está no Canadá, mas quer visitar os Estados Unidos, deve ter em mente que visitará outro país como turista. E, neste caso, precisa de um visto de entrada. Serão necessários dois vistos para transitar entre esses países. Portanto, sair do Brasil com o processo resolvido é mais simples do que tentar o novo visto de onde você estiver.
Consultar o consulado das regiões que deseja visitar com antecedência é importante para se certificar quais são as leis que procedem para visitar cada um deles.
Check list viagem
Basicamente você deve não pode esquecer destes itens.Tenha tudo em mãos, bem organizados, para que sua viagem seja bem tranquila.
- Passaporte (verifique a validade)
- Visto (se necessário)
- Passagem
- Seguro viagem
- Vacinas (se necessário)
- Remédios (de uso contínuo)
- Vouchers (e serviços)
- Fundos suficientes para o período de permanência no país
- Identificação da bagagens (para casos de extravios)
- Números de telefones importantes
- Ticket de bagagem (no check-in da cia aérea)
- Documento e autorização de viagem para criança (se necessário)
Todos os itens descritos acima são apenas uma referência para que você confirme se o país de destino de sua viagem os exige, não sendo uma regra para todas as viagens.
Bagagem extraviada ou demora
Assim que constatar que sua bagagem não chegou na esteira correspondente, procure o balcão ou um funcionário da cia aérea dentro da área de bagagem (não deixe essa área antes de efetuar a reclamação da bagagem).
Preencha o formulário de irregularidade de bagagem denomindado P.I.R que é fornecido pela cia aérea.
Entre em contato com a central de atendimento da cia seguradora antes de deixar o aeroporto para notificar o extravio/atraso e informe o telefone e endereço do local e seu próximo destino.
Dicas para ter sucesso no seu intercâmbio
Os primeiros passos, como se preparar psicologicamente, o planejamento, como aproveitar o máximo seu intercâmbio.
São diversas dicas que vamos compartilhar com você. Navegue pelas nossas dicas abaixo e descubra tudo de bom para seu intercâmbio.